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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Nota rápida:
Talvez Becs Le me mate por isso, mas eu espero do fundinho do meu coraçãozinho rosa que ela me perdoe.

O twitter tá tão legal agora, hoho.
*Já vejo um punhal em meu peito*

domingo, 22 de novembro de 2009

Nenhuma observação antes. -

Ela acordou com o despertador gritando ao seu lado. Sentiu os braços do marido se apertarem a sua volta, ela riu. Esquivou-se do abraço dele e foi até o banheiro. Pigarreou e disse bom dia ao espelho, que refletia seu rosto - um pouco - inchado da noite e seu cabelo desgrenhado. Ela gostava assim.
Voltou ao quarto, sentou-se ao lado dele e ficou olhando. Apenas olhando. Desde a adolescência ela gosta de observá-lo. Disse "Acorde" em seu ouvido, beijou-lhe a testa e foi ao quarto do filho.
O garotinho, loiro como o pai, dormia serenamente. Ela tinha até pena de acordá-lo, porque gostava de observá-lo também, talvez por ele se parecer muito o pai. Mas ela era mãe e era o primeiro dia de aula. "Querido, acorde. Primeiro dia de aula, vamos". O garotinho levantou-se num pulo e disse "Primeiro dia de aulaa!". Ela riu e o mandou tomar banho, iria preparar o café. Lembrou-se de voltar ao quarto e levantar seu marido.
Era engraçado a maneira como os papéis tinham se invertido. Quando apenas namoravam e viajavam ou dormiam juntos, sempre quem a acordava era ele.
Foi até a cozinha, e enquanto preparava o café, ficou pensando.
Ela achava incrível acordar e ter tudo o que ela sempre desejou, da maneira que quis. A casa tinha o jardim grande que ela queria, tinha as paredes de vidro que projetou aos 15 anos, o filho tinha o nome que tinha escolhido com a mesma idade.
Os minutos passavam enquanto ela refletia sobre tudo isso.
Então eles chegaram.
O garoto nos ombros do pai, gritava "Mããããe, papai disse que na escola vai me dar pirulito."
- Tenho que admitir que seus gostos são iguais aos de sua mãe. - ele estava ali, com a sua aliança no dedo, com o filho deles nos ombros. Estava perfeito.
- Bom dia, amor. - Beijo.
- Para a mesa, homens.



sábado, 14 de novembro de 2009

Certo, uma hora aconteceria.
E eu não saberia como agir mesmo.
E eu escreveria sobre isso de qualquer jeito.
Só não ria da minha cara.

-

Minhas pernas tremiam, minha mão estava gelada e eu ria de nervosa.
Nossa, ótima aparência.
Ela chegou, se apresentou - tenho certeza que minha voz falhou e que eu parecia uma idiota - e disse "Vim buscar vocês. Tá todo mundo lá em cima, só pra conhecer..." E ela me indicou com a cabeça. Se eu não estivesse tão nervosa, teria percebido minhas maçãs do rosto ficarem vermelhas.
Ele discordou.
Fala sério. Uma hora isso iria acontecer mesmo. Que seja logo então. Fugir de que? Pra que?
Eles não podem ser piores que eu.
Andamos. Subimos. Descemos. Andamos. Chegamos.
UHUUUL, É AGORA CARA.
Foi algo como isso que ecoou na minha mente. Minhas pernas ainda tremiam, eu ainda tinha um sorriso - otário - no rosto, por estar - muito - nervosa, e nossas mãos estavam unidas. É, ele me dá apoio.
Então ele sussurrou: "Sabe o que fazer né?"
Ele já tinha me dito o que era pra fazer. Eu não lembrava. Droguinha!

Primeira coisa que escuto vem do avô: "Falei que ele tava namorando. Disseram 'não, ele tá estudando'. Eu sei das coisas. Tá é namorando."
Okay, certo. Tudo bem - eu acho.
Apertos de mãos, nomes novos, beijinho-beijinho, sorrisos - lembre-se que o meu era ridículo de nervosismo.

Quando cheguei em casa, primeira coisa que fiz foi sentar no sofá, tentar fazer minhas pernas pararem de tremer e procurar algo pra me esquentar.
Eu não estava assim pelo fato de os ter conhecido. Eu estava assim porque eu simplesmente não sabia como agir.
Não faço ideia se gostaram, se detestaram, se querem me matar ou algo do tipo.
Ou não, hein. hoho.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Minha trilha sonora?
That's Alright
A hora?
00:06 am.
A ideia?

- Janela

"Fugir nunca é a solução"
Bem, isso é o que eles diziam.
Sério, pra mim, era um refúgio, porque é claro que eu jamais ousaria pular dali. Até porque meu quarto era no segundo andar e logo abaixo dela ficava o finalzinho do telhado da garagem - que por incrível que pareça, nunca estava ocupada com o que devia estar.
Mas aquela noite estava realmente atrativa.
A lua cheia brilhava majestosamente lá no alto e iluminava o sofá cama verde que eu tinha no quarto - onde eu, por acaso, estava deitada. O céu estava limpo e eu via a estrela que eu adotei aos seis anos de idade - sim, eu consigo reconhecer, ela fica perto da lua e é a que brilha mais. Não ouse roubar minha estrela.
E pra melhorar a situação, eu tinha acabado de brigar com minha mãe.
Eu odiava isso. Porque ela sempre tinha razão, e reconhecer que eu estava errada me fazia chorar muito - meus olhos provavelmente deviam estar inchados. Até que aqueles garotos fizeram aqueles barulhos.
Eram os garotos do condomínio do lado, que eram amigos do meu vizinho-ex-quase-namorado - ele era o motivo de minha briga com mamãe, haha. Mas, bem, ele não estava lá. Eram só os amigos dele. Eles não me chamariam, se minha janela não estivesse aberta e eu já não estivesse de pé, por trás dela.
Minha mãe estava dormindo, meu cachorro estava trancado, meu vizinho-ex-quase-namorado não estava ali - provavelmente ele estava pegando outra garota, cachorro - e eu queria descer, queria ficar ali e andar com eles. Sim, seria estranho andar com os amigos dele, o cachorro vizinho, mas eles estavam me chamando. E eu estava afim de me arriscar.
- Ellie! Vem, a gente só vai andar pelo condomínio. Talvez estourar uma bomba de cal, nada de mais. Vamo Logo!

A janela nunca me pareceu tão convidativa.

"Sinto muito, resolvi quebrar as regras essa noite. Talvez eu vá mesmo para o inferno, sinto muito. Beijos"
Escrevi isso num papel qualquer, peguei meu casaco listrado e pulei.


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