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sábado, 30 de outubro de 2010

Realmente importante

Certo, certo, já era hora de eu dar as caras.
Eu sei que minha última postagem foi em março (tão ruim que eu despubliquei), e que faz um mês que prometi reabrir...
então, estou (re)abrindo.
Isso porque resolvi guardar lembranças de dias realmente importantes, porque infelizmente a minha imunda memória humana não é capaz de guardar tudo o que queria.
E eu voltei. 
Mais melódica.
Mais crítica.
Mais feliz.
Mais eu.


Espero que pessoas especiais para mim voltem a frequentar esse espaço, porque essa é a minha intenção: falar de coisas especiais, para pessoas especiais.
E lá vai.
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        Desde a época em que eu era apenas um bebê, todo mole, você é especial pra mim. Você me dava banho, me enchia de perfume, e chamava de "Princesinha". Eu adorava quando você me pendurava na toalha  e me fazia de aviãozinho, andando do banheiro até meu quarto. E eu ainda lembro do vestido rosa que você me trouxe de alguma de suas viagens (acho que foi da Bahia, mas...). E eu lembro de você fazendo meu irmão dormir, quando ele era apenas um bebê mole. Eu lembro do jeito que você me ameaçava com seu enorme chinelo Raider, era engraçado. 
       Eu lembro das nossas mudanças, de como você ficava todo estressado. Também lembro de quando eu queria ser rebelde, e jogava toda a culpa de nada em cima de você, eu realmente me arrependo disso. Eu lembro daquela festa na escola, que leram um texto insuportavelmente triste, e chorei, e você me acolheu. Também lembro do cartão com colagens que fiz pra você de madrugada. Eu conheço as confusões, e os horários, e os extras, e o cansaço. 
      Ah, e aquela noite. Aquela que dançamos a tal tão ensaiada valsa. Foi um tanto engraçado ver você chorando e dizendo que eu estava linda. É, eu estava.
        Acho o máximo o tempo que temos pra nós. Por mais que fiquemos em silêncio, ou com o rádio tocando, ou com o telefone tocando. Adoro o jeito que você tenta me animar quando estou com raiva. Lembro daquele seu aniversário, que eu estava com muita raiva de todo o mundo, menos de você, e não quis estragar seu dia, então eu chorei antes de entrar no carro, quando saí e quando tomei banho, nunca na sua frente: era seu dia. 
         Quando eu era pequena, eu pensava que não entendia os problemas da gente grande porque eu ainda não sabia de tudo, mas agora, eu entendo os problemas das gentes grandes, e vejo que são tão simples quanto os problemas de criança. O mundo gira em torno de duas coisas: amor e a falta dele.
          E foi a presença de um amor exacerbadamente enorme, que me moveu a fazer isso. 
          Em meio a lágrimas dedicar esse texto a você, meu Super Pai.
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E as histórinhas fofas continuam.
Minha realidade com minha imaginação.


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