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domingo, 27 de setembro de 2009


Ela queria muito escrever algo. Não só para postar, mas para desabafar, extravasar a raiva e a tristeza. Tinha várias ideias, várias frases já formadas, e não queria deixá-las esquecidas como as outras.
Ela realmente não sabia o que fazer quando nem o seu próprio quarto - que era o único lugar seu, propriamente dito, em território inimigo - era tranquilo. As pessoas tagarelavam naquela casa loucamente, e ela não conseguia se concentrar, para conseguir arrancar dela mesma a própria raiva - que aumentava sua tristeza, consequentemente. Ela tinha que sair dali, e encontrar um lugar calmo, sem vozes, sem dúvidas, sem cobranças.
- Vou ao parque, volto mais tarde. - foi só o que ela disse, ao passar pela porta da cozinha para pegar a bicicleta velha que ficava lá atrás. Nunca mais tinha andado de bicicleta, e formou outra frase: "Talvez seja a hora de recomeçar, que tal re-aprendendo a pedalar?". Riu consigo mesma e pedalou até o parque, que ficava seis quarteirões distante de sua casa.

Procurou a sua árvore - sim, tinha o seu nome inscrito no tronco da árvore, portanto, era realmente dela -, se sentou, tirou os fones da mochila e puxou o caderno e o lápis. Depois disso, só ficou olhando as garotas lindas jogando vôlei perfeitamente bem na quadra que ficava um pouco distante, á sua esquerda. Olhá-las não estava ajudando, então resolveu checar a pista de corrida.

E então seu coração deu um pulo, e esqueceu de bater por um segundo.
Fala sério, ele tinha mentido de novo? Ele estava lá, correndo, de blusa branca, e com um golden retrivier. Outra frase se forma: "Animal de estimação, querido? O que mais você tem que disse que não tinha?". É, ele tinha dito que não tinha um bichinho. E ela nunca tinha reparado em como ele ficava bem de branco, também. Começou a cogitar a ideia de que ele fica bem com qualquer coisa, e jurou lembrar de colocar isso no texto que ainda não existia.
Fechou os olhos, e lembrou de cada momento que eles tinham tido juntos, que para ele não foram nada relevantes, mas que valeram muito para ela. Cada toque dele em sua pele ela guardaria por muito tempo, junto com todas as sensações estranhas que ela sentia quando ele olhava para ela com aqueles olhos caramelos intensos e quentes. E também lembraria da felicidade que ela sentia quando ele pronunciava seu nome, de uma maneira que ninguém pronuncia.

E então ela sentiu um arrepio. E formou outra frase: "O vento arrepiava meus braços, de uma maneira parecida com quando você encosta em mim.". E só então ela percebeu que era ele tocando seu braço, e não só o vento.
- Você podia parar de me seguir. - o seu hálito quente de halls de maracujá com chocolate tocou a pele dela como uma leve pluma, quase fazendo cócegas.
- E você podia parar de mentir. De quem é essa coisa linda? - ela acariciou a cabeça do golden, que se deitou e apoiou a cabeça em suas pernas.
- É da minha irmã. Lindo e folgado, isso sim. Saia dai, Skylar, ela é minha. - seu coração esqueceu de outra batida, e depois deu dois pulos.
- Como... como assim?
- Fala sério, Camila. Você espera por esse momento por tanto tempo quanto eu. - ele tinha dito o nome dela daquele jeito, que só ele conseguia dizer. E o coração dela agora só pulava.
Ele já estava sentado ao seu lado, com Skylar entre as pernas deles. Ela se virou, e seu coração esqueceu de outra batida. E outra frase veio: "Meu coração anda esquecido, não dele e de todas as coisas que ele me faz sentir, mas de bater.". E - finalmente - concretizaram o ato do primeiro beijo de uma relação que ainda duraria muito tempo. E só pensou: E bom, quanto ao texto, não escreverei, deixarei as frases se perderem como tantas outras.
-\\-
e só pra constar, isso não aconteceu comigo. quem me dera.
ass.:A autora disso ai.

sábado, 26 de setembro de 2009

Taylor Swift me ajudou nesse. -
Quando eu tinha oito anos, eu assistia aqueles filmes da Hilary Duff, com garotas lindas que eram líderes de torcida, e ela sempre sendo a 'excluída' de tudo. E quando os filmes acabavam, eu ficava me imaginando com quinze anos. Na minha imaginação - nada fértil e egoísta - de oito anos, eu desejava ser a 'pop' do colégio, queria ser super inteligente, ter estilo, ter atitude.
Bom, agora, aqui estou eu com os meus quinze anos. Não com os que eu sonhava, mas com os meus.
E é incrível como nada é previsível quando se tem quinze anos. Há momentos que tem tudo para serem perfeitos, mas é só acontecer alguma coisa, uma mínima coisa, que estraga tudo.
Você acredita em tudo que lhe contam, e se decepciona quando descobre que não é verdade, e assim você pensa que vai amadurecendo. Só pensa, porque quando lhe contam outra coisa, você acredita e começa tudo de novo.
Com quinze, você acredita que aquele garoto pelo qual está apaixonada - pelo qual todos sabem que você está apaixonada - será o homem de sua vida, quando na verdade ainda não aconteceu nada entre vocês. Mas mesmo assim, você fica imaginando vocês dois juntos, ele tocando violão para você, idas à algum sítio *adoro sítios*, e coisas desse tipo.
Quando você tem quinze anos, você dá muita atenção a coisas supérfluas, e acaba esquecendo do que realmente é importante, e então depois de tudo você se arrepende do que fez - e às vezes do que não fez.
E ainda com quinze, você dá muita atenção à opinião dos outros e insiste em dizer que não, mas lá no fundo você se incomoda com isso.
Eu não quero me prender à essa idade, mas essa sou eu - com quinze.

domingo, 20 de setembro de 2009


Muito bem, parabéns sua idiota. Foi o que minha consciência disse para mim depois de tudo. E ela continuou tagarelando na minha cabeça - se tivesse uma maneira de tirá-la dali, eu tiraria, estava me machucando.

E agora? Qual a próxima besteira que você vai fazer?

Ahrg, Consciência Droguinha. Ela precisa ficar repetindo essas coisas? Repetir que foi tudo uma grande confusão, que mais uma vez eu fui grossa com as pessoas e que eu ia me sentir mal por algum tempo? Eu já sabia disso.

Mas é diferente. É claro que é diferente, porque se não fosse, eu não estaria escrevendo isso ouvindo James Blunt. É, meu amigo James é uma ótima companhia para momentos assim, nos quais estou tristinha, sabendo que não posso fazer nada.
É diferente pelo simples fato de eu não poder fazer da maneira que eu faria.
Minhas amigas sabem que quando acontece isso, eu dou um gritinho - meio choramingando - de "nããão" e abraço a criaturinha querida. Mas, me diga só uma coisa: como eu vou dar um gritinho - choramingando - de "nããão" e abraçar você?

HA-HA. Não dá, queridinha. Perdeu. - consciência idiota.

Estou me sentindo mal com isso, Consciência Pertubadora, mas sei que é de momento. Amanhã vai ser um dia lindo e feliz, e nós vamos conversar como sempre. Você promete?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Aqui quem vos fala sou eu, Camila, com novos vícios.
Escrever se tornou difícil a partir do momento em que eu não encontro palavras para expressar o que realmente sinto. Queria escrever uma comédia, mas não consegui porque não fazia ideia de quais palavras usar. Sim, eu queria fazer uma comédia, porque acho que o blog acompanha minhas emoções, acompanha o que eu ando sentindo. E eu estava feliz quando pensei em escrever uma comédia, e queria divertir alguém.
Saindo do assunto da comédia não feita, comentarei de meus vícios, pois foi por conta disso que comecei a escrever essa grable. Decidi falar de mim, em primeira pessoa. Chega de se esconder atrás de feitos e sentimentos de outras personagens. Então, começarei com isso: vícios.
Todo mundo tem seus vícios, é fato. E bom, viciei no FarmVille, definitivamente. *pausa para os seus risos* Plantar, colher, ganhar dinheiro, plantar, colher, ganhar dinheiro. Eu acho cool.
Também não consigo parar de escutar 'Something'. Okay, é dos Beatles. E é minha preferida.
Tudo bem, já estiquei demais isso.
Ainda não tenho historinhas novas. Eu preciso de acontecimentos para escrever historinhas. Enquanto eles não chegam, eu vou me apresentando - em partes, como filme no youtube.
Espero que eles venham logo, me sinto inútil falando de mim.

sábado, 12 de setembro de 2009

Nota rápida: eu não consigo parar de escutar certas músicas, como 'Something', 'Love Story' e 'Hey Stephen'.
Eu também morro quando ele fala meu nome.
E eu viciei no 'FarmVille'.
tá, parei. beijos :*

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Eu sou realmente uma pessoa boba. Definitivamente. Algumas pessoas não gostaram do final do 'Hello moto'! Eu adorei, suas coisinhas. Mas eu gosto muito, muito de vocês, então escreverei um romance dramático, como eu andava fazendo. Ah, eu não sou a personagem dessa história.
Vejam ai -
Nós sempre nos compreendemos pelo olhar. Bastava fitar o outro por segundos, e já sabíamos o que estava acontecendo. Foi o que eu fiz, fitei os olhos caramelos que tanto me alegram, e percebi a agonia, e no fundo, bem no fundo, felicidade. Contraditório.
Nossa relação sempre foi estável, feliz. Nunca brigamos, como os outros casais. Estranho. Éramos um casal diferente, definitivamente. Mas eu ainda não entendia a agonia em seus olhos.
Nos sentamos, no banco do jardim florido, debaixo do sol de quatro horas.
- O que está acontecendo?
- Eu não consigo mais, é muito. Eu não consigo.
Palavras muito claras, amor. Ironia. Ele estava me deixando confusa, e eu sofria com a agonia dele.
- Seja mais claro, por favor.
- Você já sentiu que estamos diferentes nesses últimos tempos...
É, realmente estávamos. Pensei que fosse algo com a família dele, sempre tão complicada, por isso preferi não me meter. Agora eu sabia que era comigo, com nós dois. Só não conseguia imaginar o quê. Ele continuou:
- ... e bom, eu nem sei direito como explicar. Eu pensava que fosse impossível, surreal, jamais imaginei isso. Eu amo você, muito, mas... - respirou fundo - eu não consigo mais mentir para mim mesmo, e muito menos para você. Não quero enganar ninguém, e cansei de me enganar.
Certo, ele estava gostando de alguém, e estava gostando mesmo, de verdade. Eu sabia que ele não estava mentindo quando dizia que me amava, mas eu também sabia que não era mais do jeito que era antes.
- Você está me confundindo, diga logo tudo, estou ficando preocupada, com medo.
- Tudo bem, eu não quero que demore. Já tomei minha decisão. Vou vê-la. Eu não aguento mais, ela para mim é tão... ela me completa de uma forma irreverente, incrível. Apesar de nunca tê-la visto, mas ela... me conquistou. E, eu sinto muito, você sabe como amo você, amo de verdade, mas com ela... eu me sinto diferente ao ouvir a voz dela ao telefone, me sinto diferente em simplesmente dizer 'oi' para ela. E a distância não importa, a Argentina* é bem aqui, logo aqui...
Ele continuou falando, mas eu não captava mais a sua voz. Minha mente era um emaranhado de pensamentos. Ele estava gostando da garota do site! Eu via que seus olhos brilhavam quando eu tocava no nome dela, quando eu fazia alguma alusão à ela. Estava horrorizada, não era mentira. Mas tinha uma parte - mesmo que pequena - de minha mente que estava... feliz. Ele estava apenas indo encontrar a própria felicidade, e eu não podia ser egoísta ao ponto de tirar esse direito dele. Eu o deixaria ir, sem impedimento, por uma simples razão: eu o amava. Eu só queria a felicidade dele, com quem quer que fosse. A minoria se tornou maioria. Eu faria isso, por mais que doesse a mim, eu o deixaria ir, ele seria feliz. Meus olhos ardiam, e senti as primeiras lágrimas descerem.
- Eu amo você - sussurrei -, só quero que seja feliz. E não estou mentindo quando digo isso. Se não é comigo que você é feliz, o que eu posso fazer? Só não me peça para ser sua amiga, é demais.
- Já pode avançar no meu pescoço e me destroçar. - ele riu ao dizer isso. Sabia que eu não era capaz de tal ato.
- Vá, eu não vou lhe tirar isso, vá. Só me avise quando estiver realmente feliz, para eu ficar também.
* lembrei do Mahir.
-//-
Que garota... compreensiva e madura! Se fosse eu, no mínimo, eu ia gritar muito, e chamar ele de várias coisas que não irei citar. Ficou bonitinho, não? Meio bobo... eu prefiro o 'Hello Moto'. haha.
Em relação à Argentina, eu precisava de um país, e lembrei que o Mahir curte futebol argentino. hahahaha.
Beijos :*

sábado, 5 de setembro de 2009


Era domingo, 11:32 da manhã. Ela estava de pijama, deitada, criando coragem pra levantar.
Hello moto.
Fala sério. Quem estava ligando agora, tão cedo? Ela nem tinha se levantado ainda!
Esticou o braço, tateou a mesa de cabeceira procurando o celular. O objeto não parava de gritar e vibrar de algum lugar. Onde estava a droga do celular? Bufou.
Se levantou, com raiva, jogando o endredon no chão. Tropeçou nos próprios chinelos, quase caiu em cima do abajur. E o celular gritando.
- QUEM é essa criatura tão INSISTENTE?
Colocou as mãos na cabeça, olhou em volta.
Hello Moto.
Foi até o banheiro, de onde vinha o eco dos gritos. E bom, o celular estava lá, ela não podia negar, estava vendo isso. O aparelho vibrava loucamente na prateleira do papel higiênico, que ficava na altura dos olhos, ao lado do grande espelho, que aliás, ainda estava com as luzes acesas. Começou a se lembrar da noite passada...
Hello Moto.
Voou, literalmente, até o aparelho gritante.
Parou.
Suspiro profundo. Um, dois, três... outro suspiro.
Quando coisas desse tipo aconteciam, ela abria a janela e gritava, mas o síndico - aquele gordo desocupado, sabe? que não tem nada pra fazer e inventa de ser síndico - havia cobrado 80 reais a mais na conta do condomínio por seus gritos.
Bufou. Queria muito gritar. Ela não conseguiria.
Voltou ao quarto, jogou o celular na cama, correu pra janela e...
Hello Moto.

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