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sábado, 5 de setembro de 2009


Era domingo, 11:32 da manhã. Ela estava de pijama, deitada, criando coragem pra levantar.
Hello moto.
Fala sério. Quem estava ligando agora, tão cedo? Ela nem tinha se levantado ainda!
Esticou o braço, tateou a mesa de cabeceira procurando o celular. O objeto não parava de gritar e vibrar de algum lugar. Onde estava a droga do celular? Bufou.
Se levantou, com raiva, jogando o endredon no chão. Tropeçou nos próprios chinelos, quase caiu em cima do abajur. E o celular gritando.
- QUEM é essa criatura tão INSISTENTE?
Colocou as mãos na cabeça, olhou em volta.
Hello Moto.
Foi até o banheiro, de onde vinha o eco dos gritos. E bom, o celular estava lá, ela não podia negar, estava vendo isso. O aparelho vibrava loucamente na prateleira do papel higiênico, que ficava na altura dos olhos, ao lado do grande espelho, que aliás, ainda estava com as luzes acesas. Começou a se lembrar da noite passada...
Hello Moto.
Voou, literalmente, até o aparelho gritante.
Parou.
Suspiro profundo. Um, dois, três... outro suspiro.
Quando coisas desse tipo aconteciam, ela abria a janela e gritava, mas o síndico - aquele gordo desocupado, sabe? que não tem nada pra fazer e inventa de ser síndico - havia cobrado 80 reais a mais na conta do condomínio por seus gritos.
Bufou. Queria muito gritar. Ela não conseguiria.
Voltou ao quarto, jogou o celular na cama, correu pra janela e...
Hello Moto.

2 comentários:

  1. AAAH, eu AMEI, eu consegui imaginar tudo tao claramente *-* ficou very, very cool AUSHAUSHASUHSUASHUAHSHASUHA
    que os duendes e os unicornios te protejam. :D

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