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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

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Naquele dia, eles viram o céu se misturar ao mar, fundindo-se numa coisa só, sentados na areia da praia.
E mais tarde, os dois se tornaram uma única coisa, assim como o céu e o mar.
Unidos por pura força do amor, eles pertenciam um ao outro, mais do que nunca.

- sim, vai ser só isso. pra eu lembrar que existe felicidade em mim.

sábado, 19 de dezembro de 2009

O sangue corria freneticamente em minhas veias, meu coração palpitava, a minha respiração estava acelerada, a mão dele na minha...

Antes que certas mentes comecem a pensar certas coisas, vou logo avisando que comecei o texto pelo fim, haha. Porque as ideias partem assim para mim, de frases que surgem do nada. Então, essa é a dita cuja.
Lembro que na primeira série sempre diziam pra pensar no título depois de ter escrito todo o texto, mas eu não consigo, haha. Preciso pensar num título. -

Anjo

Estava treinando, como toda quinta à noite. E eu estava suada, como sempre fico nos treinos - é nojento, eu sei, mas eu precisava comentar sobre isso, eu acho. O treinador estava mandando eu ir mais rápido ainda, como sempre. As novatas estavam tropeçando no meio da pista, como sempre - era incrível como elas nunca melhoravam. Nas arquibancadas havia apenas o zelador, no primeiro banco, pra garantir que não fôssemos pichar "Eu odeio o diretor Hanson" lá, como de costume. O prédio estava lá, novinho, limpinho, lindinho, como sempre.
Então paramos, o que não era costume.
Mas saímos da rotina porque alguma coisa nos fez sair.
Um grito.
Mas assim, era um grito desesperado, com medo.
Eu reconheci a voz. Era do Tomas, meu BFF. Ele era da equipe de futebol americano e era pra estar treinando no outro campo, mas ao invés disso ele estava no alto da arquibancada - quer dizer, ele estava ali antes de gritar, agora ele estava pendurado do outro lado, pela roupa do treino. Porque ele não estava sozinho, o otário/estúpido/idiota do Jason estava com ele - sim, o nome dele lembra o Jason dos filmes de terror, na verdade, eu acho que o personagem foi inspirado nele.
Eles não se davam bem, e eu não preciso dizer porque. Agora, eles podiam ter encontrado um lugar melhor pra discutir do que o alto da arquibancada, né? Homens.
Agora, o detestável/peste/excluídocomrazãodasociedade do Jason podia, por favor, não jogar o MEU melhor amigo dali? Tipo, pra não matá-lo? Eu agradeceria, do fundo do meu coraçãozinho que o odeia.
O que eu fiz? É claro, lógico e evidente que em uma fração de segundo eu corri até lá. Eu era a mais rápida da equipe de corrida, então, pulando os bancos da arquibancada como se fossem as barras/obstáculos da pista, eu cheguei lá a tempo de olhar para aquele demônio do Jason na minha frente:
- Seu estúpido, desgraçado, se ele cair e morrer, eu te mato com minhas próprias mãos. - Soco.
Eu nunca fui muito amável, acho que por isso Tomas era meu melhor amigo, ele precisava de proteção, e eu era a ideal para ele.
Mas agora, eu precisava tirá-lo dali, coitado.
Me debrucei sobre o parapeito, estiquei o braço e o puxei - descarga de adrenalina ajuda nessas horas.
Agora, o sangue corria freneticamente em minhas veias, meu coração palpitava, a minha respiração estava acelerada, a mão dele na minha, e ele estava a salvo.
É claro que agora ele tinha medo de altura, mas eu ainda iria salvá-lo de muitas encrencas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bem, hoje eu não estou com inspiração pra escrever textos legais, e o background do twitter me irritou muito, muito, muito.
Tudo bem, eu não sou uma expert quando se fala de twitter, ou photoshop, então, whatever.
Falando em twitter, rá, olha o que apareceu, e eu a-do-rei, só não retweetei porque eu estava ocupada lutando contra meu background - k- :
ourpokerfaces
*SAUDADES DESSA SUA BOCA, DA SUA LÍNGUA NA MINHA, DA SUA PEGADA FORTE EM MIM, TE ESPERO NO BANHEIRO ASS.: SUA ESCOVA DE DENTE"

E... ei, eu quero um daqueles sorrisões do Mc Donald's. Sabe aquele que todo mundo tem uma foto com ele? eu quero! *-*
Gente, eu estou engordando tanto nesse começo de férias, muito muito. *o*
Até meu avô - sim, meu AVÔ - disse que estou gorda! COMOFAS?
E sabe, eu tenho novos vícios - como sempre, haha.
Annie&Twitter s2, hehe



Tudo bem, esse foi aquele típico post inútil/deletável que eu coloco de vez em quando - nunca sei se é assim que se escreve.
1bj.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A página em branco me dá ideias, me deixa livre pra dizer qualquer coisa.
A vida é uma peça de teatro, onde todos somos personagens não-permanentes, pois o roteiro pode mudar a qualquer instante.

Respirei fundo.
A vida não era mais a mesma, nunca mais seria.
O tempo de luto já havia passado, eu precisava seguir minha vida.
Não quer dizer que meu coração não se despedaçasse todas as vezes que eu olhava para os lados.
Eu precisava sair dali. Só não sabia onde iria parar, mas ali eu não ficaria.

Era noite, e chovia. A água escorrendo pelo vidro da janela do carro acompanhava o ritmo de minhas lágrimas, que iam deslizando sobre minha face. O ar estava gelado, o velocímetro apontava 125km/h e eu estava na rodovia.
Antes que você pergunte, eu não estava tentando me matar. Não quer dizer que a morte não viria. E eu não acharia ruim.

Para falar a verdade, eu nem sabia em que ponto da rodovia estava. Todos os pontos conhecidos já estavam muito longe, lá atrás.
As plantas que cercavam o asfalto se mexiam freneticamente, o que me fez constatar que devia estar ventando muito do lado de fora, além de ter raios ao longe - aparentavam estar longe, pelo menos. Desde pequena os raios me fascinam. Com aqueles não seria diferente. A maneira como eles cortam o céu me lembra a situação de meu coração, despedaçado para sempre. Essa era a diferença, os raios cortavam o céu por frações de segundo, o meu coração estará, para sempre, cortado. A ida dele feriu, cortou, para sempre, o meu coração, que só ele sabia como fazer palpitar anormalmente.
Mais lágrimas se formaram.
Minha visão estava embaçada, e a chuva se intensificou. Pisei no acelerador, que não aceleraria apenas o carro.
Eu não tinha visto aquele caminhão antes, mas ele veio a calhar.
O velocímetro agora marcava 160km/h.
A chuva estava mais forte.
Havia vento e lágrimas.
E havia o meu desejo de tê-lo novamente, em algum lugar.
Por um momento, eu quis morrer.

Todos pensam que a morte é dolorosa, ruim. Não quando é por alguém, ou quando é a única solução. Ou os dois juntos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Nota rápida:
Talvez Becs Le me mate por isso, mas eu espero do fundinho do meu coraçãozinho rosa que ela me perdoe.

O twitter tá tão legal agora, hoho.
*Já vejo um punhal em meu peito*

domingo, 22 de novembro de 2009

Nenhuma observação antes. -

Ela acordou com o despertador gritando ao seu lado. Sentiu os braços do marido se apertarem a sua volta, ela riu. Esquivou-se do abraço dele e foi até o banheiro. Pigarreou e disse bom dia ao espelho, que refletia seu rosto - um pouco - inchado da noite e seu cabelo desgrenhado. Ela gostava assim.
Voltou ao quarto, sentou-se ao lado dele e ficou olhando. Apenas olhando. Desde a adolescência ela gosta de observá-lo. Disse "Acorde" em seu ouvido, beijou-lhe a testa e foi ao quarto do filho.
O garotinho, loiro como o pai, dormia serenamente. Ela tinha até pena de acordá-lo, porque gostava de observá-lo também, talvez por ele se parecer muito o pai. Mas ela era mãe e era o primeiro dia de aula. "Querido, acorde. Primeiro dia de aula, vamos". O garotinho levantou-se num pulo e disse "Primeiro dia de aulaa!". Ela riu e o mandou tomar banho, iria preparar o café. Lembrou-se de voltar ao quarto e levantar seu marido.
Era engraçado a maneira como os papéis tinham se invertido. Quando apenas namoravam e viajavam ou dormiam juntos, sempre quem a acordava era ele.
Foi até a cozinha, e enquanto preparava o café, ficou pensando.
Ela achava incrível acordar e ter tudo o que ela sempre desejou, da maneira que quis. A casa tinha o jardim grande que ela queria, tinha as paredes de vidro que projetou aos 15 anos, o filho tinha o nome que tinha escolhido com a mesma idade.
Os minutos passavam enquanto ela refletia sobre tudo isso.
Então eles chegaram.
O garoto nos ombros do pai, gritava "Mããããe, papai disse que na escola vai me dar pirulito."
- Tenho que admitir que seus gostos são iguais aos de sua mãe. - ele estava ali, com a sua aliança no dedo, com o filho deles nos ombros. Estava perfeito.
- Bom dia, amor. - Beijo.
- Para a mesa, homens.



sábado, 14 de novembro de 2009

Certo, uma hora aconteceria.
E eu não saberia como agir mesmo.
E eu escreveria sobre isso de qualquer jeito.
Só não ria da minha cara.

-

Minhas pernas tremiam, minha mão estava gelada e eu ria de nervosa.
Nossa, ótima aparência.
Ela chegou, se apresentou - tenho certeza que minha voz falhou e que eu parecia uma idiota - e disse "Vim buscar vocês. Tá todo mundo lá em cima, só pra conhecer..." E ela me indicou com a cabeça. Se eu não estivesse tão nervosa, teria percebido minhas maçãs do rosto ficarem vermelhas.
Ele discordou.
Fala sério. Uma hora isso iria acontecer mesmo. Que seja logo então. Fugir de que? Pra que?
Eles não podem ser piores que eu.
Andamos. Subimos. Descemos. Andamos. Chegamos.
UHUUUL, É AGORA CARA.
Foi algo como isso que ecoou na minha mente. Minhas pernas ainda tremiam, eu ainda tinha um sorriso - otário - no rosto, por estar - muito - nervosa, e nossas mãos estavam unidas. É, ele me dá apoio.
Então ele sussurrou: "Sabe o que fazer né?"
Ele já tinha me dito o que era pra fazer. Eu não lembrava. Droguinha!

Primeira coisa que escuto vem do avô: "Falei que ele tava namorando. Disseram 'não, ele tá estudando'. Eu sei das coisas. Tá é namorando."
Okay, certo. Tudo bem - eu acho.
Apertos de mãos, nomes novos, beijinho-beijinho, sorrisos - lembre-se que o meu era ridículo de nervosismo.

Quando cheguei em casa, primeira coisa que fiz foi sentar no sofá, tentar fazer minhas pernas pararem de tremer e procurar algo pra me esquentar.
Eu não estava assim pelo fato de os ter conhecido. Eu estava assim porque eu simplesmente não sabia como agir.
Não faço ideia se gostaram, se detestaram, se querem me matar ou algo do tipo.
Ou não, hein. hoho.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Minha trilha sonora?
That's Alright
A hora?
00:06 am.
A ideia?

- Janela

"Fugir nunca é a solução"
Bem, isso é o que eles diziam.
Sério, pra mim, era um refúgio, porque é claro que eu jamais ousaria pular dali. Até porque meu quarto era no segundo andar e logo abaixo dela ficava o finalzinho do telhado da garagem - que por incrível que pareça, nunca estava ocupada com o que devia estar.
Mas aquela noite estava realmente atrativa.
A lua cheia brilhava majestosamente lá no alto e iluminava o sofá cama verde que eu tinha no quarto - onde eu, por acaso, estava deitada. O céu estava limpo e eu via a estrela que eu adotei aos seis anos de idade - sim, eu consigo reconhecer, ela fica perto da lua e é a que brilha mais. Não ouse roubar minha estrela.
E pra melhorar a situação, eu tinha acabado de brigar com minha mãe.
Eu odiava isso. Porque ela sempre tinha razão, e reconhecer que eu estava errada me fazia chorar muito - meus olhos provavelmente deviam estar inchados. Até que aqueles garotos fizeram aqueles barulhos.
Eram os garotos do condomínio do lado, que eram amigos do meu vizinho-ex-quase-namorado - ele era o motivo de minha briga com mamãe, haha. Mas, bem, ele não estava lá. Eram só os amigos dele. Eles não me chamariam, se minha janela não estivesse aberta e eu já não estivesse de pé, por trás dela.
Minha mãe estava dormindo, meu cachorro estava trancado, meu vizinho-ex-quase-namorado não estava ali - provavelmente ele estava pegando outra garota, cachorro - e eu queria descer, queria ficar ali e andar com eles. Sim, seria estranho andar com os amigos dele, o cachorro vizinho, mas eles estavam me chamando. E eu estava afim de me arriscar.
- Ellie! Vem, a gente só vai andar pelo condomínio. Talvez estourar uma bomba de cal, nada de mais. Vamo Logo!

A janela nunca me pareceu tão convidativa.

"Sinto muito, resolvi quebrar as regras essa noite. Talvez eu vá mesmo para o inferno, sinto muito. Beijos"
Escrevi isso num papel qualquer, peguei meu casaco listrado e pulei.


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Era terrível a constatação: ela estava adorando tudo aquilo.
Tudo, sem exceção.
Justamente por isso - pela falta de exceções -, estava assustada.

Ela se perguntava porque tanta surpresa e falta das queridas exceções.
Talvez porque nas outras vezes não existissem anjos e diabinhos pairando sobre ela. E quando parou para analisar, estava gostando de ter um diabinho por perto, porque um diabinho atrai vários anjinhos - que são companhias melhores, venhamos e convenhamos.
Ou talvez pelo fato do coração dela perder uma batida - ou simplesmente dar três no tempo em que dava uma - quando ele fazia aquilo.
Eram reações estranhamente desconhecidas para ela, que chegou a pensar que nunca mais, never again, sentiria aquilo. E agora ela estava sentindo, e ainda mais forte, mais forte do que nunca. Por isso era estranho, desconhecido, por ser mais forte de tudo o que ela já havia sentido.
Porque a cada vez que ele a tocava com suas mãos quentes e de dedos finos, se espalhava uma onda elétrica dentro dela? E porque ela só falta morrer de gritar e de dar pulinhos quando recebe aquelas mensagens?

Okay, isso pode parecer um texto de uma garota apaixonada.
E quem disse que ela não estava?

--
Tenho que assumir, tratei-me em terceira pessoa de novo.

sábado, 24 de outubro de 2009

Ele se definia como um homem romântico e tímido, mas apesar disso, sabia que não teria medo de enfrentá-la.
Certo, o verbo não seria bem enfrentá-la.
Há tempos que ele cultivava esse sentimento. Já havia pensado em desistir, e foi aí que veio a intervenção divina.
Ele não desistiria, e era hoje. Hoje seria o dia. Ele contaria tudo, sem faltar nada, para ela, a quem denominava 'Amada'.
Se encontrariam na escola, como todos os dias de todos esses anos, se cumprimentariam como sempre, mas ele ia inovar dessa vez.

- Heey, tudo bom? E o final de semana? - ele aparentava estar muito calmo - só aparentava, seu coração palpitava loucamente dentro do peito, quase gritando "é agora, é agora".
- Oi! Não, nada bem. - ela fez uma cara de descontente, e ele sentiu aquele aperto no peito ao vê-la sofrer.
- Hmm, quer contar?
Estavam andando pela quadra, e provavelmente iriam para o lugar em que sempre se sentavam.
- Achas que quando se gosta meeeesmo de uma pessoa, mas ela não sabe, e você não tem ideia se ela aceitaria, vale a pena contar, se arriscar?
Para ele, aquilo soou como um sinal. "É agora, é agora", seu coração não cansava de gritar.
- Bom, posso te contar uma história? Aí você deduz, pode ser?
- Hm, okay então. - ela deu aquele sorriso radiante - que ele tanto adorava -, mostrando seus dentes perfeitamente alinhados e brancos, e deixando transpassar aquele suspense para a atmosfera em volta dos dois. Tudo num só sorriso.
- Existe um garoto, que ama, definitivamente e verdadeiramente, uma garota. Ele a ama há muito tempo, mas ela não faz ideia disso. E bom, ele decidiu parar de esconder o que sente, decidiu expor tudo, sem medo. Ele chega nela e diz, indiretamente, "Sempre te amei". Ele imagina que ela reaja positivamente em relação a isso. Agora, suponhamos que eu sou o garoto e você a garota. O que você faz?
Ela abriu a boca, daquele jeito que ela fazia quando queria dizer "Como...?". O coração dele acelerou.
Pronto, ele tinha contado. E só faltava a reação dela. O suspense ainda no ar, e ela...
- Ou então que eu sou o ... garoto e você ... a garota. - a voz dela falhou, assim como o coração dele.
- O que você ... faria? - ele destacou a última palavra, e queria reagir, mas ela foi mais rápida.
Estavam de pé, no canto da quadra, no lugar - já marcado como - deles. Ela, encostada na parede, ele, a poucos metros dela.
Ela se lançou nos braços dele como nunca havia feito, mas sempre havia desejado.
Ele a beijou como nunca havia beijado, pois nunca teve os lábios dela presos aos seus, mas de alguma maneira, eles se entendiam, como se fossem feitos um para o outro.

sábado, 10 de outubro de 2009



Eu queria comer sorvete com cereja, ou então leite condensado com ovomaltine.
Mas não deu, então vou escrever alguma coisa. -



A cama sempre fora espaçosa demais para ela, que morava sozinha no 13º andar do prédio, no centro da cidade. Ou seja, as suas noites sempre eram movimentadas. Às vezes eram acidentes com carros, às vezes um vizinho que chegava bêbado.
Mas essa noite foi realmente diferente. Ela dormira como não dormia há muito tempo. E agora, que estava acordando, havia começado a perceber que não estava mais em seu apartamento.
A aliança pareceu queimar agora.
Ela estava casada.
Respirou fundo, gemeu, e se virou, dando de cara com ele. Ele era o seu marido. Marido. Casados. Ele era dela, somente dela. Não conseguiu evitar o sorriso em seu rosto. Levou sua mão até o peito dele, e a deixou lá, descansando, enquanto ela absorvia tudo aquilo.
O quarto do hotel era ótimo. Janelas altas, com cortinas marfim, que filtravam a luz do sol, deixando o quarto claro suficientemente claro. A cama era grande, confortável. E o abajur ao lado da cama ainda estava aceso.
A festa fora perfeita. Nada errado, todo mundo feliz.
E eles estavam ali - dormindo, num hotel ainda na cidade - somente aguardando as nove da noite para viajarem. Iriam para a Itália, e depois para a Inglaterra, que era o sonho de ambos.
E a aliança queimava ainda mais agora, pegava fogo.
Ele, sob sua mão, suspirou e disse:
- Você é minha pra sempre?
- Pra sempre, enquanto minha alma existir. - respondeu.
- Então ótimo.
Então ele deu aquele sorriso pelo qual ela se apaixonou.
Ele pertencia à ela. Ele e o sorriso dele.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O mundo inteiro sabe que odeio o calor. Então seria prudente de sua parte perguntar o que eu faço morando na zona equatorial do Brasil.
É a mesma pergunta que me faço todas os dias.
E quando nem 'While my guitar gently weeps' - Beatles, meu novo vício, não me pergunte o porquê - e nem 'If U seek Amy' repetidas vezes resolve o problema, eu vou atrás de outros problemas, para esquecer do pior de todos - essa maldita gota de suor na minha nuca está incomodando.
Entrar no msn agora é prova de fogo. Sério, nunca vi tantas plaquinhas subirem tão rápido.
Clica em 'Entrar'. Após dez segundos, automaticamente, sobem as irmãzinhas, em fila indiana: uma lembrando dos meus 164 e-mails não lidos - não irei ler tão cedo -, outras três alertam que amiguinhos felizes com quem nunca falo acabaram de entrar e a última, mas não menos importante, a que me lembra de atualizar a versão do meu messenger.
Ah, droguinha. A maldita gota de suor parece que se dividiu por mitose e agora já são duas gotas incomodando na minha nuca.
Tudo bem, esqueçamos o calor - tentaremos -, o suor, o sono e a ansiedade.
Não, não esqueça dessa última.
Sou uma pessoa altamente ansiosa, e não vou esconder de vocês, amiguinhos felizes com quem compartilho minhas paixões e sentimentos, que agora, nesse exato minuto, estou esperando - ansiosamente, não se esqueça - que ele entre.
Young love, querido.
Ele fez dessa semana uma ótima e feliz semana. Ele foi minha companhia mais engraçada, crítica e irônica dos últimos dias. Ele foi a pessoa gentil que jamais imaginei que ele seria. E seus olhos ainda me derretem. Talvez o calor invisível que emana daquele castanho-bronze jamais pare de me derreter.
Certo, parei por aqui. A garotinha apaixonada foi dormir.
Será que ele entrou?

domingo, 27 de setembro de 2009


Ela queria muito escrever algo. Não só para postar, mas para desabafar, extravasar a raiva e a tristeza. Tinha várias ideias, várias frases já formadas, e não queria deixá-las esquecidas como as outras.
Ela realmente não sabia o que fazer quando nem o seu próprio quarto - que era o único lugar seu, propriamente dito, em território inimigo - era tranquilo. As pessoas tagarelavam naquela casa loucamente, e ela não conseguia se concentrar, para conseguir arrancar dela mesma a própria raiva - que aumentava sua tristeza, consequentemente. Ela tinha que sair dali, e encontrar um lugar calmo, sem vozes, sem dúvidas, sem cobranças.
- Vou ao parque, volto mais tarde. - foi só o que ela disse, ao passar pela porta da cozinha para pegar a bicicleta velha que ficava lá atrás. Nunca mais tinha andado de bicicleta, e formou outra frase: "Talvez seja a hora de recomeçar, que tal re-aprendendo a pedalar?". Riu consigo mesma e pedalou até o parque, que ficava seis quarteirões distante de sua casa.

Procurou a sua árvore - sim, tinha o seu nome inscrito no tronco da árvore, portanto, era realmente dela -, se sentou, tirou os fones da mochila e puxou o caderno e o lápis. Depois disso, só ficou olhando as garotas lindas jogando vôlei perfeitamente bem na quadra que ficava um pouco distante, á sua esquerda. Olhá-las não estava ajudando, então resolveu checar a pista de corrida.

E então seu coração deu um pulo, e esqueceu de bater por um segundo.
Fala sério, ele tinha mentido de novo? Ele estava lá, correndo, de blusa branca, e com um golden retrivier. Outra frase se forma: "Animal de estimação, querido? O que mais você tem que disse que não tinha?". É, ele tinha dito que não tinha um bichinho. E ela nunca tinha reparado em como ele ficava bem de branco, também. Começou a cogitar a ideia de que ele fica bem com qualquer coisa, e jurou lembrar de colocar isso no texto que ainda não existia.
Fechou os olhos, e lembrou de cada momento que eles tinham tido juntos, que para ele não foram nada relevantes, mas que valeram muito para ela. Cada toque dele em sua pele ela guardaria por muito tempo, junto com todas as sensações estranhas que ela sentia quando ele olhava para ela com aqueles olhos caramelos intensos e quentes. E também lembraria da felicidade que ela sentia quando ele pronunciava seu nome, de uma maneira que ninguém pronuncia.

E então ela sentiu um arrepio. E formou outra frase: "O vento arrepiava meus braços, de uma maneira parecida com quando você encosta em mim.". E só então ela percebeu que era ele tocando seu braço, e não só o vento.
- Você podia parar de me seguir. - o seu hálito quente de halls de maracujá com chocolate tocou a pele dela como uma leve pluma, quase fazendo cócegas.
- E você podia parar de mentir. De quem é essa coisa linda? - ela acariciou a cabeça do golden, que se deitou e apoiou a cabeça em suas pernas.
- É da minha irmã. Lindo e folgado, isso sim. Saia dai, Skylar, ela é minha. - seu coração esqueceu de outra batida, e depois deu dois pulos.
- Como... como assim?
- Fala sério, Camila. Você espera por esse momento por tanto tempo quanto eu. - ele tinha dito o nome dela daquele jeito, que só ele conseguia dizer. E o coração dela agora só pulava.
Ele já estava sentado ao seu lado, com Skylar entre as pernas deles. Ela se virou, e seu coração esqueceu de outra batida. E outra frase veio: "Meu coração anda esquecido, não dele e de todas as coisas que ele me faz sentir, mas de bater.". E - finalmente - concretizaram o ato do primeiro beijo de uma relação que ainda duraria muito tempo. E só pensou: E bom, quanto ao texto, não escreverei, deixarei as frases se perderem como tantas outras.
-\\-
e só pra constar, isso não aconteceu comigo. quem me dera.
ass.:A autora disso ai.

sábado, 26 de setembro de 2009

Taylor Swift me ajudou nesse. -
Quando eu tinha oito anos, eu assistia aqueles filmes da Hilary Duff, com garotas lindas que eram líderes de torcida, e ela sempre sendo a 'excluída' de tudo. E quando os filmes acabavam, eu ficava me imaginando com quinze anos. Na minha imaginação - nada fértil e egoísta - de oito anos, eu desejava ser a 'pop' do colégio, queria ser super inteligente, ter estilo, ter atitude.
Bom, agora, aqui estou eu com os meus quinze anos. Não com os que eu sonhava, mas com os meus.
E é incrível como nada é previsível quando se tem quinze anos. Há momentos que tem tudo para serem perfeitos, mas é só acontecer alguma coisa, uma mínima coisa, que estraga tudo.
Você acredita em tudo que lhe contam, e se decepciona quando descobre que não é verdade, e assim você pensa que vai amadurecendo. Só pensa, porque quando lhe contam outra coisa, você acredita e começa tudo de novo.
Com quinze, você acredita que aquele garoto pelo qual está apaixonada - pelo qual todos sabem que você está apaixonada - será o homem de sua vida, quando na verdade ainda não aconteceu nada entre vocês. Mas mesmo assim, você fica imaginando vocês dois juntos, ele tocando violão para você, idas à algum sítio *adoro sítios*, e coisas desse tipo.
Quando você tem quinze anos, você dá muita atenção a coisas supérfluas, e acaba esquecendo do que realmente é importante, e então depois de tudo você se arrepende do que fez - e às vezes do que não fez.
E ainda com quinze, você dá muita atenção à opinião dos outros e insiste em dizer que não, mas lá no fundo você se incomoda com isso.
Eu não quero me prender à essa idade, mas essa sou eu - com quinze.

domingo, 20 de setembro de 2009


Muito bem, parabéns sua idiota. Foi o que minha consciência disse para mim depois de tudo. E ela continuou tagarelando na minha cabeça - se tivesse uma maneira de tirá-la dali, eu tiraria, estava me machucando.

E agora? Qual a próxima besteira que você vai fazer?

Ahrg, Consciência Droguinha. Ela precisa ficar repetindo essas coisas? Repetir que foi tudo uma grande confusão, que mais uma vez eu fui grossa com as pessoas e que eu ia me sentir mal por algum tempo? Eu já sabia disso.

Mas é diferente. É claro que é diferente, porque se não fosse, eu não estaria escrevendo isso ouvindo James Blunt. É, meu amigo James é uma ótima companhia para momentos assim, nos quais estou tristinha, sabendo que não posso fazer nada.
É diferente pelo simples fato de eu não poder fazer da maneira que eu faria.
Minhas amigas sabem que quando acontece isso, eu dou um gritinho - meio choramingando - de "nããão" e abraço a criaturinha querida. Mas, me diga só uma coisa: como eu vou dar um gritinho - choramingando - de "nããão" e abraçar você?

HA-HA. Não dá, queridinha. Perdeu. - consciência idiota.

Estou me sentindo mal com isso, Consciência Pertubadora, mas sei que é de momento. Amanhã vai ser um dia lindo e feliz, e nós vamos conversar como sempre. Você promete?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Aqui quem vos fala sou eu, Camila, com novos vícios.
Escrever se tornou difícil a partir do momento em que eu não encontro palavras para expressar o que realmente sinto. Queria escrever uma comédia, mas não consegui porque não fazia ideia de quais palavras usar. Sim, eu queria fazer uma comédia, porque acho que o blog acompanha minhas emoções, acompanha o que eu ando sentindo. E eu estava feliz quando pensei em escrever uma comédia, e queria divertir alguém.
Saindo do assunto da comédia não feita, comentarei de meus vícios, pois foi por conta disso que comecei a escrever essa grable. Decidi falar de mim, em primeira pessoa. Chega de se esconder atrás de feitos e sentimentos de outras personagens. Então, começarei com isso: vícios.
Todo mundo tem seus vícios, é fato. E bom, viciei no FarmVille, definitivamente. *pausa para os seus risos* Plantar, colher, ganhar dinheiro, plantar, colher, ganhar dinheiro. Eu acho cool.
Também não consigo parar de escutar 'Something'. Okay, é dos Beatles. E é minha preferida.
Tudo bem, já estiquei demais isso.
Ainda não tenho historinhas novas. Eu preciso de acontecimentos para escrever historinhas. Enquanto eles não chegam, eu vou me apresentando - em partes, como filme no youtube.
Espero que eles venham logo, me sinto inútil falando de mim.

sábado, 12 de setembro de 2009

Nota rápida: eu não consigo parar de escutar certas músicas, como 'Something', 'Love Story' e 'Hey Stephen'.
Eu também morro quando ele fala meu nome.
E eu viciei no 'FarmVille'.
tá, parei. beijos :*

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Eu sou realmente uma pessoa boba. Definitivamente. Algumas pessoas não gostaram do final do 'Hello moto'! Eu adorei, suas coisinhas. Mas eu gosto muito, muito de vocês, então escreverei um romance dramático, como eu andava fazendo. Ah, eu não sou a personagem dessa história.
Vejam ai -
Nós sempre nos compreendemos pelo olhar. Bastava fitar o outro por segundos, e já sabíamos o que estava acontecendo. Foi o que eu fiz, fitei os olhos caramelos que tanto me alegram, e percebi a agonia, e no fundo, bem no fundo, felicidade. Contraditório.
Nossa relação sempre foi estável, feliz. Nunca brigamos, como os outros casais. Estranho. Éramos um casal diferente, definitivamente. Mas eu ainda não entendia a agonia em seus olhos.
Nos sentamos, no banco do jardim florido, debaixo do sol de quatro horas.
- O que está acontecendo?
- Eu não consigo mais, é muito. Eu não consigo.
Palavras muito claras, amor. Ironia. Ele estava me deixando confusa, e eu sofria com a agonia dele.
- Seja mais claro, por favor.
- Você já sentiu que estamos diferentes nesses últimos tempos...
É, realmente estávamos. Pensei que fosse algo com a família dele, sempre tão complicada, por isso preferi não me meter. Agora eu sabia que era comigo, com nós dois. Só não conseguia imaginar o quê. Ele continuou:
- ... e bom, eu nem sei direito como explicar. Eu pensava que fosse impossível, surreal, jamais imaginei isso. Eu amo você, muito, mas... - respirou fundo - eu não consigo mais mentir para mim mesmo, e muito menos para você. Não quero enganar ninguém, e cansei de me enganar.
Certo, ele estava gostando de alguém, e estava gostando mesmo, de verdade. Eu sabia que ele não estava mentindo quando dizia que me amava, mas eu também sabia que não era mais do jeito que era antes.
- Você está me confundindo, diga logo tudo, estou ficando preocupada, com medo.
- Tudo bem, eu não quero que demore. Já tomei minha decisão. Vou vê-la. Eu não aguento mais, ela para mim é tão... ela me completa de uma forma irreverente, incrível. Apesar de nunca tê-la visto, mas ela... me conquistou. E, eu sinto muito, você sabe como amo você, amo de verdade, mas com ela... eu me sinto diferente ao ouvir a voz dela ao telefone, me sinto diferente em simplesmente dizer 'oi' para ela. E a distância não importa, a Argentina* é bem aqui, logo aqui...
Ele continuou falando, mas eu não captava mais a sua voz. Minha mente era um emaranhado de pensamentos. Ele estava gostando da garota do site! Eu via que seus olhos brilhavam quando eu tocava no nome dela, quando eu fazia alguma alusão à ela. Estava horrorizada, não era mentira. Mas tinha uma parte - mesmo que pequena - de minha mente que estava... feliz. Ele estava apenas indo encontrar a própria felicidade, e eu não podia ser egoísta ao ponto de tirar esse direito dele. Eu o deixaria ir, sem impedimento, por uma simples razão: eu o amava. Eu só queria a felicidade dele, com quem quer que fosse. A minoria se tornou maioria. Eu faria isso, por mais que doesse a mim, eu o deixaria ir, ele seria feliz. Meus olhos ardiam, e senti as primeiras lágrimas descerem.
- Eu amo você - sussurrei -, só quero que seja feliz. E não estou mentindo quando digo isso. Se não é comigo que você é feliz, o que eu posso fazer? Só não me peça para ser sua amiga, é demais.
- Já pode avançar no meu pescoço e me destroçar. - ele riu ao dizer isso. Sabia que eu não era capaz de tal ato.
- Vá, eu não vou lhe tirar isso, vá. Só me avise quando estiver realmente feliz, para eu ficar também.
* lembrei do Mahir.
-//-
Que garota... compreensiva e madura! Se fosse eu, no mínimo, eu ia gritar muito, e chamar ele de várias coisas que não irei citar. Ficou bonitinho, não? Meio bobo... eu prefiro o 'Hello Moto'. haha.
Em relação à Argentina, eu precisava de um país, e lembrei que o Mahir curte futebol argentino. hahahaha.
Beijos :*

sábado, 5 de setembro de 2009


Era domingo, 11:32 da manhã. Ela estava de pijama, deitada, criando coragem pra levantar.
Hello moto.
Fala sério. Quem estava ligando agora, tão cedo? Ela nem tinha se levantado ainda!
Esticou o braço, tateou a mesa de cabeceira procurando o celular. O objeto não parava de gritar e vibrar de algum lugar. Onde estava a droga do celular? Bufou.
Se levantou, com raiva, jogando o endredon no chão. Tropeçou nos próprios chinelos, quase caiu em cima do abajur. E o celular gritando.
- QUEM é essa criatura tão INSISTENTE?
Colocou as mãos na cabeça, olhou em volta.
Hello Moto.
Foi até o banheiro, de onde vinha o eco dos gritos. E bom, o celular estava lá, ela não podia negar, estava vendo isso. O aparelho vibrava loucamente na prateleira do papel higiênico, que ficava na altura dos olhos, ao lado do grande espelho, que aliás, ainda estava com as luzes acesas. Começou a se lembrar da noite passada...
Hello Moto.
Voou, literalmente, até o aparelho gritante.
Parou.
Suspiro profundo. Um, dois, três... outro suspiro.
Quando coisas desse tipo aconteciam, ela abria a janela e gritava, mas o síndico - aquele gordo desocupado, sabe? que não tem nada pra fazer e inventa de ser síndico - havia cobrado 80 reais a mais na conta do condomínio por seus gritos.
Bufou. Queria muito gritar. Ela não conseguiria.
Voltou ao quarto, jogou o celular na cama, correu pra janela e...
Hello Moto.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Meu delírio


Espaço. Escuro. Vazio. Frio.
Medo. Ansiedade. Angústia. Loucura. Procura.
Desespero. Claridade. Calor. Braços. Desmaio.
Quem...?
Céu. Sol. Calor. Vento.
Sorrisos.










Ruínas

Era difícil imaginar que depois de tudo, eu havia perdido. Ela já tinha estado ali, nos meus braços, nas minhas mãos. Mas perdi. Perdi com a - quase - certeza de que jamais encontraria. Foi quando senti uma dor intensa no meu peito, que me fez correr. Correr muito, não sei para onde. Corria sem rumo, sem direção, mas sabendo que onde eu parasse, encontraria algo. E eu pedia, no fundo dos meus pensamentos, que fosse ela, a minha garota.
Meu coração disparava a cada passo que dava. A luz do amanhecer cobrindo as árvores do bosque, o vento gélido batendo no meu rosto cansado. A casa da arvore não era mesmo um lugar muito bom para passar a noite, mas sentia que devia estar lá, e agora eu entendia o porquê.
Seguir meus sentidos estava me levando à uma antiga gruta, já em ruínas. Cheguei mais perto e ouvi uma voz. Uma voz desesperada e baixa, intercalando com soluços, como se tivesse cansado de gritar e chorar. Minha respiração acelerou. Meu coração rompia minha pele enquanto meus braços tiravam as pedras da passagem. Elas pareciam ter caído há pouco tempo, trancando minha garota lá.
Minhas mãos não sentiam o peso das grandes peças de concreto, eu só pensava na vida dela, no desespero dela. Abri uma passagem. O sol já iluminava bastante o bosque, inclusive a ruína. Pude vê-la deitada no chão, sem esperanças.
Peguei-a no braço. O frio de sua pele provocou pequenas correntes elétricas em contato com meus braços quentes e firmes em sua volta. Senti ela desmaiar, o que, na hora, me provocou um desespero. Pensei que ela tivesse morrido, numa hipótese mais improvável. Tratei de colocá-la logo na grama ainda úmida do orvalho, e esperar que ela acordasse.
Estava a encarar seus olhos quando esses se abriram, perdidos. O alívio percorreu todo meu corpo. Senti meus braços afrouxarem em sua volta, enquanto o sorriso - mesmo que fraco - apareceu em seu rosto de cera.
Ela estava a salvo. E nós estavamos juntos, como nunca deveríamos ter deixado de estar.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009


Eu sei que devia estar cuidando de ajeitar minha vida, mas continuo aqui, imaginando coisas.


Era o dia da entrega dos convites. Todos receberam os seus, inclusive ela - e ele, mas ela ainda não sabia disso.
Os dias passaram voando, muitos comentários, muitas roupas, mas estavam lá, na sexta, na véspera. Ele veio falar com ela, porque precisava muito disso - dela, eu quero dizer.
"Sinto muito, mas eu preciso de sua ajuda". Ela se assustou com o hálito fresco em seu pescoço, e se virou, pra ver do que se tratava. "Minha ajuda? Pra quê, exatamente?". Ele deu uma risadinha e respondeu: "Você vai amanhã, né?". Ela estava perdida em pensamentos, fez aquela cara de 'ãhn?' - e disse isso. "Pra festa, você vai né?". É, ela ia. "Sim, eu vou, mas você precisa de minha ajuda pra isso?". Ela se incomodou com a grosseria, ele pareceu não ligar e deu outra risadinha, dessa vez mais alta e sarcástica. "Você acha mesmo que eu iria se você não fosse?". Agora ela estava eufórica. Ele ia. E só porque ela ia. Um largo sorriso apareceu em seu rosto espontaneamente. Ele piscou e foi jogar futebol - ela adorava quando ele corria inutilmente atrás de uma bola.


A festa chegou - e eles também.
Ele vestia uma calça social preta, com uma camisa preta risca-de-giz. O cabelo parecia ter sido cuidadosamente despenteado - depois que ela disse que gostava, ele só usava bagunçado. Tinha deixado o Puma preto de lado - que era a cara dele, por sinal - e calçou um sapato social, preto, normal. Ela não deixou de reparar - novamente - que cores escuras ficavam ótimas nele.
Ela chegou com um vestido curto, vinho, que tinha uma faixa na cintura que fechava atrás num laço. O vestido ficava um pouco acima do joelho, e a saia balonê afinava suas pernas. Calçava a sua Melissa preta - que iria incomodar, ela sabia - e trazia uma carteira preta.
Quando se encontraram foi inevitável aquela análise no modelo dos dois. "Desculpa o clichê, mas você está muito linda". Ela sorriu e queria dizer o mesmo. "Eu não sou a única criatura linda num raio de um metro". Um metro era a distância que os separava, mas que logo foi reduzida a nada, pois se aproximaram e se beijaram fervorosamente, depois de muito tempo sem fazer isso.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

" Seu progresso era lento mas decidido, sem pressa, sem tensão, sem ansiedade. Era o ritmo dos invencíveis."

Stephenie Meyer, Amanhecer



Uma atmosfera ruim pairava sobre mim, me deprimindo e consequentemente, deprimindo meus textos. Dias ruins, bad days. Ah, por falar em dias ruins...







Eu sinceramente, admito, invejo a pele dessa garota. Mas não é sobre pele que quero falar, ou melhor, me despedir. Comecemos de novo.

*pausa dramática, prepare-se novamente*

E é nessa situação, sentada numa cadeira desconfortável - que tenho desde meus nove anos -, ao som de 'Fuck You' da Lily Allen, no calor escaldante do meu quarto - já cansei de dizer que prefiro o frio, mas não me escutam -, que me despeço dos meus dias ruins! Batam palmas, coloquem a banda na praça, cantem o hino. Sim, sou uma garota feliz novamente.


Já aceito a distância - eu já sou acostumada com ela na verdade, mas venhamos e convenhamos que dessa vez é diferente -, já estudo mais... ah, enfim, ando mais feliz. E sei que é porque voltei a ver meus amigos todos os dias, porque eu voltei a minha rotina estressante, preocupante.

Até voltei a ter ideias de textos melhores *-*

Então, já estão informados sobre a volta dos dias felizes. Salvem os pinguins e os ursos polares, ele são fofos! táparei. Vou escrever algo melhor, beijinhos.

domingo, 9 de agosto de 2009

As coisas andavam estranhas para ela, que ansiava mais que tudo sexta a noite, para contar tudo o que havia sentido, vivido e presenciado durante a semana. Ia contar da angústia que sentiu depois da última conversa, ia contar das coisas engraçadas do professor, das conversas com a mãe.
Chegou em casa, o coração acelerado. Comeu rapidamente a pizza fria que chegara tarde, tomou o banho mais rápido de toda sua existência, e correu para o computador.
Já estava imaginando as duas horas que se seguiriam de conversas, de risadas e de problemas com a webcam. Ficou online e foi direto procurá-lo. E para sua - enorme - surpresa, ele não estava lá.
Precisou de alguns minutos para absorver a realidade, e respirou fundo. Ela tinha que esquecer do que havia imaginado a pouco tempo, ele não estava lá. 'Deve ter saído', pensou consigo mesma. Aceitou a ideia e foi conversar com os amigos daqui. Contou o que contaria a ele - o que teria muito mais graça para ela - a eles, e eles riram, mas ela não estava satisfeita. Ela queria que ele risse.
Numa busca - quase desesperada, quase - ela foi atrás das fotos dele. Estava na webcam com um amigo - que aliás, tem se saído uma ótima companhia. Ampliou a foto, encarou os olhos claros - ela ainda não soube definir se são verdes ou azuis -, e quando se deu conta, estava chorando. O amigo estava perguntando pela segunda vez se ela estava chorando e o Media Player começou a reproduzir a música que mais a faz lembrar dele.
Ela sinceramente não sabe dizer o porque do choro.
- Tenho chorado muito ultimamente. - observou.

quarta-feira, 29 de julho de 2009



E hoje, numa sessão de tortura - tudo pra ela era tortura, até limpeza de pele - ela refletiu sobre tudo o que anda acontecendo em sua vida. Até porque foram duas horas deitadas olhando para o teto branco - numa situação dessas refletir era quase impossível, mesmo com uma esteticista lhe furando a cara.
Ela não queria ser a iludida - mais uma vez -, ela não queria ser a fraca - mais uma vez-, ela não queria ser a boba - de novo. Ela só não sabia como evitar a sua própria essência. Não que ela tivesse nascido pra perder, mas ela ama, ela confia em todo mundo - o que a faz perder.
Pensou na escola, na dificuldade que ela vai ter que superar durante esses meses. Pensou nos amigos, os de perto e os de longe, os novos e os já existentes. Pensou na distância que a separava de várias coisas - e pessoas. Pensou nas dimensões do Oceano Atlântico e Mediterrâneo - juntas. Pensou na dor que estava sentindo.
E ela chorou.
Chorou pela distância, pela saudade, pelo passado, pela incerteza do futuro, pelos sonhos que ela sabe que não irão se realizar. Chorou por tudo e por todos. As lágrimas saíam automaticamente, sem comando ciente disso.
Derramou as lágrimas necessárias por cada pensamento - alguns exigiram muitas, se querem saber -, e parou.

Ela chorou como sempre chorava: para nunca mais chorar pelos mesmos motivos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O dia começou... engraçado. E acreditem quando digo isso. Porque acordar às sete da manhã pra fazer depilação - ui - exige alguma coisa boa pra alegrar a manhã.
Estava lá, na minha câmara de tortura - me refiro a cabine de depilação com toda a sua decoração: potinhos de cera quente, pinças, papel depilatório -, sendo torturada. Quando chega outra criatura, indo se torturar de livre espontânea vontade - assim como eu /idiota/.
Criatura: Olha Fulaninha, eu vim fazer o contorno, mas eu tou MERRENDO - sim, foi isso que eu escutei - de medo, porque eu tou com cólica, sabe?
Árduos leitores dessa grable, alguém pode me dizer como uma criatura em sã consciência vai fazer DEPILAÇÃO com CÓLICA?
Como minha mãe diz, tem coisa que só acontece aqui. Depois disso, eu acho que ela tem MESMO razão.
A tarde eu assisti o funeral do Michael Jackson. Tá, eu nem fui fãzoona dele, mas teve uma hora lá que eu chorei. /nãori
E bom, a noite, eu escutei um diálogo muuito interessante, se querem saber. Vou chamar a personagem do sexo masculino de homem, e a do sexo feminino de mulher - tirei essa ideia ( de dar nome às coisas) de um blog muuuuito engraçado.
O cenário é um sinal, com jovens de uma quadrilha pedindo colaborações.

O sinal fecha, o casal de jovens rapidamente estende a faixa na frente dos carros.
Mulher: tu não tem não, moeda ai?
Homem: Pega essas aqui e dá tudo.
O homem buzina. Vem o rapazinho que tava segurando a faixa recolher as moedas, esse agradece a sai. Depois de um tempo...
Homem: Tem uma coisa podre aqui.
Mulher: É lá de fora. Abriu a janela agora. É lá de fora!
Homem: Tá podre aqui. Não é da tua bolsa não?
*jogada perigosa amigo, mui perigosa*
A mulher - logicamente - se irrita. Pega - delicadamente - a bolsa e enfia, literalmente, a cara do homem dentro da bolsa, e começa a dizer, muito amavelmente:
Mulher: Você acha MESMO que esse mal cheiro veio da MINHA bolsa?
Nesse intervalo de tempo, aparece uma guriazinha - não sei de onde - pedindo mais moedas pra quadrilha. É bom lembrar que o carro não tinha fumê. Ela viu tudo.
O homem escapa por alguns instantes da bolsa sufocante, e baixa o vidro.
Homem: A gente já deu, viu?
A mulher ainda com a bolsa na cara do homem, faz uma cara amável - de verdade - e diz com uma voz doce - de verdade.
Mulher: A gente já deu, tá?
A garotinha, que só queria mais moedas para a sua Quadrilha, já saindo:
Garotinha: Ah, tá. Desculpa, tá?
E sai rindo. Eu também sairia, me mijando de tanto rir. (Eu acho o verbo "mijar um tanto feio, mas ficou engraçado, vai)
Nisso a mulher volta a enfiar a cara do homem na bolsa, mas sabe, uma hora esse sinal abre.
E o carro segue.


segunda-feira, 29 de junho de 2009


Eu nunca escrevi histórias desse tipo, então talvez você se decepcione - mais uma vez.

Era uma tarde de domingo. E ela ansiava, mais que tudo, que naquele momento ele estivesse ali com ela. Sabia que era - parcialmente - impossível, pois ele não frequentava lugares como aquele - aquele que ela iria mais tarde. Não era um lugar perigoso ou apelativo. Era uma boate.
Ela o conhecia bem o bastante pra saber que não era ali que aconteceria o encontro dos dois. Ele não curtia aquele tipo de música, aquele tipo de dança, aquele tipo de ambiente. Mesmo assim, ela tinha esperanças. Porque faz parte da natureza dela esperar pelo impossível.
As horas passavam rápidas enquanto ela se arrumava, com a intenção de encontrá-lo lá.
Enfim, chegou. Procurava por todos os lados aquele cabelo - lindo - loiro dele, a pele pálida que ela tanto adorava. Ele não tinha chegado - ainda.
Depois de uma hora procurando - e já desistindo - se sentou. E ela não podia ter cometido ato mais perfeito em toda a sua vida. Assim que se sentou sentiu os pelos da nuca se arrepiarem e aquela voz doce e amável em seu ouvido, dizendo "Eu realmente devo estar sonhando. Nunca imaginei te encontrar aqui". A sua resposta foi imediata "Então eu sou uma tola por ter cogitado essa possibilidade. Quer um beliscão?". Dito isso ela se levantou e ficou de frente pra ele. E ele estava lindo, muito mais lindo que no colégio ou no shopping. Sua blusa preta justa realçava o seu peito e contrastava perfeitamente com sua pele pálida e quente. Seu cabelo estava absurdamente bagunçado - do jeito que ela gosta.
Ele passou o braço por sua cintura e a puxou para si. Nesse movimento, ela perdeu o fôlego, esqueceu de quem era e de todos ao seu redor. Só conseguiu dizer "Finalmente". E o beijou com a maior vontade que se possa imaginar. Seu coração não parava de pular, o espaço dentro de si mesma era pequeno para a felicidade e nostalgia que estava vivendo naquele momento.


É, foi assim que eu imaginei. Com Leave out the rest, do Linkin Park tocando ao fundo.

quinta-feira, 25 de junho de 2009


Enfim, as tão desejadas férias. A incrível sensação de não ter nada pra fazer, a fantástica ideia do tédio permanente e os livros guardados. Sério, é o paraíso.
Sobre minha última tarde de prova/aula, não vale uma só palavra.
Machado de Assis disse isso e escreveu um capítulo. Escrevo um - mini - parágrafo.
Minha mente sabia que você não ia fazer nada. Minha mente sabia, meu coração esperava algo. E bom, é lógico que você não fez nada. Eu já sabia.

__//__


Provas - ui.
Despedidas - ui.
Dentista - ui.

FÉRIAS. õ/

Dormir, correr, emagrecer, sair, tirar fotos, dormir, comer, desemagrecer, dormir.
Eu gosto assim. Eu me sinto bem assim.
Quando me falam de férias eu imagino logo aquela sensação de liberdade, que é tão grande que explicar fica difícil, mas faz assim, prende um morcego - sim, um morcego - numa caixa, deixa lá por alguns minutos e depois abre a caixa. Se o seu morcego for normal - não mutante, entende? - ele vai sair voaado da caixa. É mais ou menos assim.
Vai dizer que nunca saiu correndo e dando pulos pela casa?
Eu já, e é uma maravilha.



Falei muita besteira já, vou escutar LadyGaga - Lovegame.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

12 de junho


Estou sozinha há um bom tempo, e isso nunca me incomodou - tanto.

Mas um dia ele chega: o temido - por mim - Dia dos namorados. Ah, vá lá. Por mais que se diga que está bem sozinha, que a felicidade não é, obrigatoriamente, estar com alguém, TODOS nós queríamos estar com alguém - sim, inclui você nisso.
Ficar sozinha um tempo é bom. Você aproveita os seus amigos ao máximo, estuda, conhece gente nova. Mas ficar sozinha por MUITO tempo, não é legal. E eu posso estar parecendo muuito deprimida com isso, mas eu faço é rir.
Sim, graciiinha, eu rio disso tudo!
Porque TODOS - sem exceção alguma - me perguntam porque eu tou sozinha. E eu digo na boa "Porque ninguém me quer". E eu não me sinto tão mal assim, porque mesmo sem um namorado, mesmo sem ninguém me querer, eu estou feliz.
Ano passado eu não tava namorando com ninguém e foi o melhor ano da minha vida!
Então, deixa que a vida cuida disso. Alguém aparece. Talvez não agora mas aparece. (Y)





Para o meu Príncipe encantado: não demore, seu cretino.

domingo, 7 de junho de 2009

Um dia comum talvez seja tudo que se precise. Ver pessoas comuns, fazendo grables comuns, conversando sobre grables comuns, comendo - esse verbo é indispensável - grables comuns. Enfim, um tédio.
Não, eu não preciso de um dia assim.
Eu quero passarinhos cantando na minha janela de manhã - depois das dez -, quero sol, quero conversas interessantes, quero pessoas felizes, com roupas bonitas, quero comidas gostosas.
A vida seria MUITO mais prática se as coisas acontecessem de acordo com a nossa vontade. E ainda ficaríamos todos felizes!
Só que toda regra tem sua exceção. Por exemplo, se as grables que Hitler desejava tivessem acontecido, não ficaríamos -nem um pouco - felizes. Até porque seríamos dominados por uma cara mandão e com um bigodinho ridículo. E porque ele mataria muita gente - eu não sou tão superficial assim.
Mas se as coisas COMIGO - perdoem meu egoísmo, mas já comprovei que se mais de um indivíduo possuir esse poder, o mundo não gira - acontecessem dessa maneira, eu podia ser mais feliz. E bom, ser feliz ainda é meu objetivo de vida, sabe.
Esclarecendo: eu gosto dele.
Como em toda - típica -historinha, há um empecilho. Por isso, meu desejo agora é poder fazer tudo do meu jeito.

Talvez todas essas palavras tenham sido em vão, já que a vida não é NADA prática.
Talvez.

sábado, 6 de junho de 2009

Eu estava correndo. Correndo descontroladamente, minhas pernas não acompanhavam meu ritmo. Justamente por isso, eu cai. Meu rosto afundou numa gosma. Quando me levantei - e tirei a gosma dos olhos- vi aquela... coisa. Não era nada REALMENTE assustador -para você. Eu estava na porta de uma casa feita de doces-como a da historinha dos irmãozinhos gulosos lá.
UI. Acordei -lógico. Aquilo jamais existiria -1) nesse calor, derreteria aquele chocolate; 2) seria muito nojento comer o chocolate que você pisou; 3) era muito calórico pra ser real.
Eu nunca fui muito neurótica quanto a essa coisa de ser magra e tudo, mas ultimamente, esse assunto tem me perseguido.
Fui verificar a minha conta no orkut. Seria APENAS mais uma verificação, se não fosse aquela frase da "Sorte de Hoje". Queria realmente saber quem teve a ideia - desprezível- de inventar aquilo. NUNCA ajudou, muito pelo contrário, se tornou o dilema de meu sábado.
Dizia a medíocre/ridícula/detestável/deletável frase:
Sorte de hoje: Faça exercícios hoje.
Além da repetição -desnecessária- da palavra HOJE - que nesse contexto queria dizer "imediatamente"-, mandava eu fazer EXERCÍCIOS.
Exercícios. EXERCÍCIOS. E tenho certeza que ele não se referia ao meu exercício de logaritmo. Ele se referia aos exercícios FÍSICOS que andam em falta, ou seja, me chamou de gorda. Arhg!
A indignação subiu da ponta do meu dedão do pé -feio- até a extremidade do meu cabelo - lindo.
Mas deixou claro uma coisa: as pessoas - ou qualquer grable que possa se comunicar com você- não dizem o que você quer ouvir. Elas falam a verdade. E se é verdade que eu -realmente, admito- estou gorda, o que eu posso fazer? Pedir para alguém dizer que eu estou magra e sexy e viver numa ilusão?
Hoje não, me poupe de ilusões.
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